Porque tenho um irmão extraordinário...

O majestoso Royal Albert Hall

Esta tarde fui ao Royal Albert Hall, ver Varekai, do Cirque du Soleil. E foi absolutamente fantástico. Delicioso. Vibrante. Lindo. Nem sei por onde começar a descrever.

E foi ao ver isto que eu me apercebi que ia mesmo ver Cirque du Soleil ao vivo!

Talvez o melhor seja dizer que nós temos em casa o DVD que foi gravado quando o espectáculo estreou, e o que vi hoje está ainda melhor. Nos cinco anos que já tem de vida, o espectáculo foi sendo alterado, mudaram algumas cenas, tiraram umas, acrescentaram outras... E eu confesso que estava um pouco céptica em relação a algumas das decisões... quando fui ao site e descobri que tinham tirado o par de dança/acrobática, que era dos meus números, e que a contorcionista no papel principal já não era a mesma, tive dúvidas que tivessem achado alguém adequado para os substituir. Mas o facto é que em vez do "meu" par de dança-acrobática hoje tivemos direito a um grupo de acrobática/dança que incluía alguns dos momentos mais espectaculares do número antigo (tenho dúvidas se 2 dos membros do grupo não serão o par antigo...) e ainda coisas que eu nunca teria imaginado possíveis!

O grupo de acrobática/dança

E quanto à contorcionista, digamos que se não tivesse sabido da troca por outros meios, a minha reacção seria: ena, a Olga está ainda melhor agora! ;)
Outro número totalmente novo envolve uma rapariga a fazer exercícios em suspensão num arco (daqueles do hula-hoop). Enquanto ela basicamente usa o arco como um trapézio, tudo muito bem, faz coisas incríveis mas "normais" para o Cirque... Mas depois a certa altura a rapariga fica pendurada no arco pela nuca! Só! Nada de mãos, braços, pés, pernas, não, isso é para os fracos! Ah, e devo acrescentar que tudo isto foi feito sem cabo de segurança... E o mais impressionante é que nós, público, estávamos todos tão fascinados e encantados com a sequência toda que acho que ninguém reparou sequer nesse pormenor até o número ter acabado!

A Olga, que agora é Irina (se não conseguirem distinguir diferentes partes do corpo, não é da foto!)

Quanto aos números antigos, os gémeos nas fitas (daquelas penduradas do tecto) continuam deslumbrantes: irrepreensíveis, mais expressivos do que nunca, e quase que sou capaz de jurar que acrescentaram cenas mais difíceis ao número... Mas a prova de como o número é bom é que ficamos em transe, absolutamente vidrados no que estão a fazer, e não conseguimos sequer bater palmas, porque os milissegundos que demoramos a reagir são suficientes para eles terem começado outra coisa ainda mais estonteante... Às tantas estava a começar a sentir pena deles, porque parecia que não tinha direito a palmas... a sério... cheguei a um ponto que a vontade de lhes "transmitir" o facto de que estávamos realmente a adorar o trabalho deles era tão grande, que comecei a bater palmas mesmo a meio de sequências. E acho que não era a única a sentir-me assim, que a senhora ao meu lado parecia estar a passar pelo mesmo! Não que eu lhe tenha visto a cara (isso implicaria tirar os olhos dos inigualáveis senhores das fitas), mas pelos comentários e pela linguagem corporal (vista pelo canto do olho), arrisco-me a dizer que sim...

Outro número antigo: estes srs. fazem coisas mais difíceis do que alguma vez vi em 10 anos de trampolins de competição!

E não posso encerrar este post sem falar dos comediantes (são muito mais do que palhaços!). A melhor forma de descrever como são brilhantes é dizer que mesmo já conhecendo a maior parte das piadas, chorei a rir!

Há muito, mas muito mais para contar, mas nada do que eu possa dizer vai sequer chegar perto da sensação de assistir a algo assim... Portanto, um gigantesco OBRIGADO ao generoso e fantástico ser que me deu o bilhete!