Pois é, hoje posso estar a escrever literalmente no meio do laboratório, com música a tocar alto no computador, cantarolar e conversar com o Hugo de uma ponta para outra do lab, sem incomodar ninguém… e não, não houve uma epidemia de surdez entre os islandeses! Simplesmente hoje não há ninguém para incomodar, porque é feriado. E o que comemoram os islandeses a 21 de Abril? O primeiro dia de Verão! Olho pela janela e só se vêem nuvens negras em todas as direcções… Mas pronto, azares acontecem a qualquer um, não é?
E como descobrimos nós que hoje era um dia tão especial? Não, não tivemos que chegar hoje ao laboratório e achar estranho estar tudo tão deserto! Ontem, todos os islandeses que nos conhecem tiveram a gentileza de nos afirmar alegremente que “amanhã é o primeiro dia de Verão”, mas nós já sabíamos! E como? Bem, por causa da previsão meteorológica do jornal (o que me lembra, um dia tenho que escrever um post sobre o jornal…). Não, não havia previsões de 20ºC à sombra (isto é a Islândia, 40 seria completamente absurdo), simplesmente a previsão habitual de 3 dias tinha o título “O Tempo Hoje”, “Amanhã”, e “1º dia de Verão”! Claro que ficámos algo intrigados com a ideia de o Verão na Islândia começar em Abril…
Ontem finalmente descobrimos a razão de ser desta celebração, ao ouvir a explicação dada pelo Gísli (um dos profs. do departamento) ao Nacho… Sim, as nossas mãezinhas ensinaram-nos que é feio ouvir as conversas dos outros, mas no caso do Gísli o difícil mesmo é não ouvir, por mais que se queira! Já que temos que ouvir falar de Quironomídeos e ficar a saber que o CD de instalação do CANOCO está no Canadá (não é só na FCUL que acontecem coisas estranhas como única chave do gabinete com as notas estar no estrangeiro!), ao menos que também possamos aproveitar para ficar a compreender melhor a cultura islandesa! Então o que se passa é que (supostamente) esta é a única festa pagã islandesa com a qual os cristãos não interferiram, e remonta aos tempos do antigo calendário Norse (o dos Vikings), em que o ano era dividido em 30 meses e estes eram agrupados em 2 semestres: Verão e Inverno. Destes, o Verão era mesmo o único que valia realmente a pena festejar, mais que não fosse por os dias durarem mais de 3 horas! Como é que isto chegou ao actual desfile de escuteiros sem interferência dos cristãos, não tenho bem a certeza, mas há que lembrar que estamos a falar do país em que a passagem dos ritos pagãos ao cristianismo foi decidida no parlamento nos moldes de “podem continuar com os rituais pagãos desde que só o façam em privado, e oficialmente passamos a ser cristãos e os reis dinamarqueses deixam de nos chatear”…
E como descobrimos nós que hoje era um dia tão especial? Não, não tivemos que chegar hoje ao laboratório e achar estranho estar tudo tão deserto! Ontem, todos os islandeses que nos conhecem tiveram a gentileza de nos afirmar alegremente que “amanhã é o primeiro dia de Verão”, mas nós já sabíamos! E como? Bem, por causa da previsão meteorológica do jornal (o que me lembra, um dia tenho que escrever um post sobre o jornal…). Não, não havia previsões de 20ºC à sombra (isto é a Islândia, 40 seria completamente absurdo), simplesmente a previsão habitual de 3 dias tinha o título “O Tempo Hoje”, “Amanhã”, e “1º dia de Verão”! Claro que ficámos algo intrigados com a ideia de o Verão na Islândia começar em Abril…
Ontem finalmente descobrimos a razão de ser desta celebração, ao ouvir a explicação dada pelo Gísli (um dos profs. do departamento) ao Nacho… Sim, as nossas mãezinhas ensinaram-nos que é feio ouvir as conversas dos outros, mas no caso do Gísli o difícil mesmo é não ouvir, por mais que se queira! Já que temos que ouvir falar de Quironomídeos e ficar a saber que o CD de instalação do CANOCO está no Canadá (não é só na FCUL que acontecem coisas estranhas como única chave do gabinete com as notas estar no estrangeiro!), ao menos que também possamos aproveitar para ficar a compreender melhor a cultura islandesa! Então o que se passa é que (supostamente) esta é a única festa pagã islandesa com a qual os cristãos não interferiram, e remonta aos tempos do antigo calendário Norse (o dos Vikings), em que o ano era dividido em 30 meses e estes eram agrupados em 2 semestres: Verão e Inverno. Destes, o Verão era mesmo o único que valia realmente a pena festejar, mais que não fosse por os dias durarem mais de 3 horas! Como é que isto chegou ao actual desfile de escuteiros sem interferência dos cristãos, não tenho bem a certeza, mas há que lembrar que estamos a falar do país em que a passagem dos ritos pagãos ao cristianismo foi decidida no parlamento nos moldes de “podem continuar com os rituais pagãos desde que só o façam em privado, e oficialmente passamos a ser cristãos e os reis dinamarqueses deixam de nos chatear”…